A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
- Produção
Em 22 de maio de 2018, a Sony Animation anunciou que estava desenvolvendo uma animação produzida por Phil Lord e Christopher Miller, com o título The Mitchells vs. The Machines, no Brasil, a Família Mitchell e a Revolta das Máquinas.
Esta dupla já trabalhou com o estúdio nos dois filmes da franquia: Tá chovendo Hambúrguer, de 2009 (Diretores) e 2013 (Produtores Executivos), respectivamente, além de Homem Aranha no Aranhaverso, de 2018 (como roteiristas). Além destas animações da Sony, a dupla dirigiu: Uma aventura Lego, de 2014 pela Warner. Junta-se a equipe de diretores, a dupla de roteiristas Mike Rianda e Jeff Rowe, conhecidos pela série da Disney Channel Gravity Falls, série esta que eles dirigiram.
No início de 2021, a produção foi comprada pela Netflix e lançada dia 30 de abril do mesmo ano.
- Enredo:
A história gira em torno de uma família disfuncional, os Mitchell, em especial, da filha mais velha, Katie, com um forte apego à arte audiovisual que passa na faculdade de cinema do na costa oeste dos Estados Unidos. Além do amor pelo cinema, ela deseja encontrar pessoas que pensem como ela, pois não se sente compreendida pela sua família, em especial pelo seu pai, Rick Mitchell.
Compreendendo que perderia o contato com ela, Rick decide reunir a família toda em uma última viagem através do país para levar Katie até a universidade. A viagem é frustrada, através de uma inusitada revolta de máquinas que dominam a humanidade. A família mais improvável, subitamente, torna-se a última esperança da humanidade! Esta missão quase impossível, só será possível, caso eles consigam resolver suas diferenças e trabalhar unidos.
- O que podemos aprender com o Filme?
Princípio 01: Não podemos nos comparar a ninguém.
Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo por que me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza. Salmos 139:13,14.
Linda Mitchell, invejava o estilo de vida de seus vizinhos, os Posey, que para ela, viviam como um ideal de família perfeita. Não precisamos nos preocupar em imitar ou reproduzir a vida de outras pessoas.
Partindo do pressuposto bíblico de que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, não precisamos nos preocupar com o que os outros fazem. Claro que podemos nos inspirar em outras pessoas, mas não devemos perder nossa identidade, na tentativa de sermos aceitos pelos demais.
É exatamente em sua especificidade que Deus usará você em sua geração!
Não se esqueça também, que as redes sociais são recortes que as pessoas desejam que você veja. Neste sentido, as redes sociais de qualquer pessoa NÃO correspondem à totalidade de sua existência. Por isso, não precisamos ou devemos nos comparar a ninguém!
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Princípio 02: Não permita que a tecnologia tire o tempo com sua família!
Uma geração contará à outra grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos. Salmos 145:4
Desde o início das sociedades humanas, a comunicação é um elemento fundamental para existência enquanto civilização. Antes da escrita, era através da oralidade, que as tradições e costumes eram passados de uma geração para outra. Desde então, diversas revoluções tecnológicas ocorreram para melhorar nossa comunicação, tornando-a mais dinâmica, rápida e massiva. Seja através do complexo sistema, que monges copistas usavam para reproduzir trechos das Escrituras, passando pela invenção da imprensa por Gutemberg, no século XV, chegando a Internet e a comunicação instantânea que caracteriza o século XXI.
Neste sentido, precisamos compreender que a tecnologia não é a grande vilã de nossa sociedade. No filme, os Mitchell sucumbem aos Smartphones e deixam o hábito da comunicação. A culpa não é do celular ou notebook, mas sim do uso que resolveram fazer deles. Da mesma forma, é preciso buscar equilíbrio prático com relação a esta questão crucial.
Estabeleça limites, regras de períodos distante dos aparelhos. O que não é uma tarefa fácil, de maneira nenhuma! Somos levados a permanecer conectados cada vez mais, e precisamos tomar cuidado para não perdermos a noção das fronteiras entre o mundo real e o virtual.
Esta deve ser uma preocupação genuína, de maneira especial com os mais jovens, que nasceram em um mundo de Internet rápida e móvel. Não precisamos lutar contra, mas saber fazer uso racional desta tecnologia.
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Princípio 03: As mágoas não tratadas nos levam a machucar outras pessoas.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13
A razão para a Revolta das Máquinas é o descarte da Inteligência Artificial PAL que é substituída por sua uma versão robótica, muito mais útil, pois trabalhariam para os humanos. O responsável por isso é o guru do Vale do Silício chamado Mark Bowman. Em poucos minutos PAL assume o controle de todos os robôs fabricados e eles passam a caçar os humanos, em um clássico ambiente de apocalipse tecnológico em uma guerra entre homens e máquinas.
Uma grande referência pode ser verificada, neste arco, em especial pelo nome da Inteligência Artificial. Em 2001, uma odisseia no espaço, existe uma inteligência artificial chamada HAL 9000. O filme é a versão cinematográfica do livro de Arthur C. Clark, que estreou em 1968, dirigido por Stanley Kubrick.
Uma inteligência artificial rejeitada, lidera a revolta e busca a destruição da humanidade. O único entrave para alcançar este objetivo é a família Mitchell em sua viagem.
Este ponto é interessante para compreender que as mágoas e as feridas emocionais causadas pelos relacionamentos que não forem tratadas, fatalmente levarão a ferir outras pessoas, como no exemplo do filme.
Por isso, precisamos resolver as questões emocionais em nossas vidas para não vivermos presos no passado e conseguirmos projetar um futuro promissor sem o filtro das mágoas.
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Princípio 04: Deus usa os improváveis para Seu propósito!
Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são. 1 Coríntios 1:28
A Família Mitchell é a única esperança da humanidade! Mas nem eles mesmos se enxergam aptos para esta situação.
Mas eles são autênticos em suas prerrogativas… Embora vejamos o ciúme de Linda Mitchell com as fotos que sua vizinha Posey posta em seu Instagram, isso não faz com que mudem de atitude e tentem ser aquilo que não são.
No cristianismo, somos apenas instrumentos de Deus para o cumprimento de Seu propósito! Portanto, precisamos compreender, que tudo vem dele! Neste sentido, somos dependentes da Graça de Deus para realizarmos nossa missão em nossa geração.
Claro que isso não é uma desculpa para não nos prepararmos para o ministério, muito pelo contrário! Devemos buscar servir a Deus e ao Corpo de Cristo que é a igreja na terra, com excelência, e isto só pode ser alcançado com preparo teológico e de outras funções que aquilo que fazemos exigir.
Apenas não esqueça, que apesar de seu preparo, você carece da Graça e misericórdia divina para continuar fazendo o que quer que faça para o Reino!
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Princípio 05: Valorize sua família!
Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe”, este é o primeiro mandamento com promessa: “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. Efésios 6:1-3
Rick Mitchell, não entende a arte que sua filha Katie produz, baseada em memes e redes sociais, pois é totalmente analógico. Isso gera o distanciamento entre ambos, mesmo que no passado, eles fossem muito unidos. O conflito entre as gerações acontece, em grande medida por causa dessas diferenças na visão de mundo dos mais velhos e a inserção das novidades, que os mais jovens absorvem com muita facilidade.
Embora seja comum, os conflitos só encontram combustível para causar estragos e muros de separação, caso nós não tenhamos empatia em tentar se colocar no lugar do outro. Neste sentido, precisamos tentar compreender a “arte” de nossos filhos e usar os filtros de realidade que nossos pais usam. Não se esqueça que a vida é limitada e não teremos a presença deles para sempre. Isso é ainda mais realidade no contexto de pandemia em que estamos vivendo. Aproveito para me solidarizar com todos os familiares daqueles que se foram ao longo destes meses desafiadores e tristes com o número de mortos cada vez maior em nosso país.
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