Taskmaster e a individualidade do chamado de Deus
O Treinador (Taskmaster) é um dos antagonistas do novo filme da Viúva Negra que estreou em julho de 2021 nos cinemas e na plataforma de Streaming Disney+. Tanto no filme, quanto nas HQ’s, sua habilidade é a mesma: uma memória fotográfica que permite a ele ou ela (dependendo de qual mídia estivermos falando), imitar os padrões de movimento de qualquer pessoa. Isso faz do personagem, alguém tão mortífero quanto Shang-Chi, Punho de Ferro ou o Justiceiro! Geralmente é um mercenário que não possui lado específico, apenas o do dinheiro que recebe de seus contratantes.
Esta habilidade do Treinador pode nos ajudar a compreender um perfil muito importante em nossa vida cristã: a individualidade de nosso chamado espiritual. Alguém cuja habilidade seja imitar os outros, acabará invariavelmente sem uma identidade pessoal. Pensando um pouco no contexto cristão, muitos estão tentando imitar outros no altar, nas redes sociais, nas igrejas. Acreditam que imitar aqueles que estão fazendo algo, possa trazer a eles os mesmos resultados que estão vendo na vida daqueles que copiam. Ao invés de vozes que clamam no deserto, tornam-se ecos do discurso de outras pessoas.
Na Bíblia temos um grupo muito especial, que teve um papel fundamental na história de Israel: os profetas. Alguns viveram na mesma época e é este o ponto que gostaria de abordar com vocês neste dia. Um exemplo a este respeito são os profetas Jeremias e Ezequiel, sendo que o primeiro profetizou em Jerusalém durante o período mais sombrio do Reino de Judá. Já Ezequiel, foi levado cativo para a Babilônia e lá exerceu seu ministério profético.
O que aconteceria se os profetas imitassem o discurso uns dos outros? Enquanto Jeremias pregou um discurso muito duro para os habitantes de Jerusalém, avisando a iminência do cativeiro, Ezequiel estava em um outro contexto, vivendo na Babilônia. Neste lugar, os exilados necessitavam de esperança para permanecer neste lugar até que pudessem retornar. Assim, a tônica de seu discurso era a esperança para o povo cativo. Tudo isso para dizer que cada profeta tinha uma missão e um chamado para um público e um contexto distinto. Imitar o que os outros fizeram simplesmente não funcionaria, seja no século VI antes de Cristo, seja em 2021.
Precisamos discernir a diferença entre inspiração e imitação, pois existe uma grande distância entre ambas, sendo a primeira benéfica e a segunda, maléfica. Caso queiram um texto aprofundando mais este assunto, escreva nos comentários que escrevo com prazer a este respeito!
Você não precisa imitar ninguém, pois não existe uma fórmula pronta no Reino de Deus! Nosso Pai celestial nos colocou em contextos distintos para sermos instrumentos eficazes de Sua glória em lugares diferentes. Por isso, procure descobrir qual a melhor forma de falar a respeito de Cristo onde você está!